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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Esperança é a ultima que morre, mas ela vive me matando




Vivo numa casa assombrada
A insônia me tormenta todo dia
A parede já está despedaçada
Por um ser que amaldiçoa a minha vida
É invisível e cheio de covardia
Tento encontrar algum meio de saída
Mas é meu corpo a sua moradia
 
No começo era um amigo
Abandonado estava ele vivo
Convidei-o para meu abrigo
Mas logo virara morto-vivo
Minha casa já era tóxica
E não pôde viver comigo

Esperança era o seu apelido
Mas eterno se chama a sua alma
Sua morte me fez um arrependido
Levando aquilo que me trazia calma

Hoje moro atormentado
Nessa casa que se diz corpo
É uma vida amamentado
De assombrações dum velho morto
É o fantasma despedaçado
Que não larga do meu corpo

Rogério Akamine

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